NUPDEC é apresentado à comunidade de Maria Amaral (Alto do Cabrito)

A Subcoordenadoria de Ações Comunitárias e Educativas da Defesa Civil de Salvador (Codesal) iniciou nesta segunda-feira (06/11) as atividades de apresentação dos módulos do projeto de formação do Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC) na comunidade Maria Amaral (Alto do Cabrito).

A instalação do NUPDEC é prioritária em áreas de risco e tem por objetivo organizar e preparar a comunidade local a dar a pronta resposta aos desastres, a exemplo de deslizamentos de terra causados pelas chuvas, além de, em situação de normalidade, atuar no planejamento de ações de Defesa Civil que visem a proteção comunitária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Até a próxima segunda-feira, 13/11, serão apresentados temas sobre defesa civil, primeiros socorros, percepção de riscos,entre outros, pelo Setor de Gestão dos Núcleos Comunitários e de Voluntariado. A certificação ocorrerá no dia 14/11.

Projeto Defesa Civil nas Escolas 2017

Com os módulos sobre organização institucional da Defesa Civil e educação ambiental, o Projeto Defesa Civil nas Escolas (PDCE) edição 2017 retomou esta semana as atividades. O projeto foi apresentado a professores da Escola Municipal Hildete Bahia (foto) no dia 03, da Escola Ernesto Mourão de Sá (dia 04/05) e da Escola Helena Magalhães (amanhã, 06/05).

O PDCED tem como objetivo ampliar a rede de multiplicadores das ações preventivas desenvolvidas pela Codesal. “Esses encontros são divididos em módulos onde fornecemos subsídios de modo que os alunos estejam preparados para atuar como agentes de informação. É dessa forma que podemos ampliar a circulação dos conhecimentos sobre as nossas ações preventivas”, explica Milton Nascimento, chefe do setor de ações educativas da Codesal.

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Trabalho preventivo da Prefeitura surte efeito em dia de chuva na cidade

Em apenas seis horas de quinta-feira (30), na capital baiana, o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec) registrou 86,08 mm de chuva na região de Mirantes de Periperi, no Subúrbio Ferroviário. Essa foi a área mais atingida na cidade. Mesmo com o alto índice de chuvas, os pontos de alagamento se dissiparam logo que a precipitação diminuiu, mostrando que o trabalho preventivo da Prefeitura com a desobstrução de canais e de bueiros surtiu efeito.

“Tivemos um grande volume de chuva em pouco tempo e com esse índice realmente teríamos pontos de retenção de água, mas a situação logo voltou à normalidade. A previsão é que o tempo permaneça instável até amanhã e no sábado comece a melhorar”, disse o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz.

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Não apenas a Codesal, mas todos os órgãos do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC) permanecem de plantão durante 24 horas para atender as demandas com mais celeridade. O objetivo é buscar a perfeição nos atendimentos e em toda as ações voltadas para reduzir os estragos feitos pela chuva.

Para isso, foram investidos R$ 46 milhões em obras de contenção de encosta em áreas de risco na cidade. Um exemplo foi a inauguração da contenção de encosta no Barro Branco, na Avenida San Martin, que a Prefeitura entregou, ontem (29), dia do aniversário de Salvador.

A previsão de chuvas para o mês de março, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), era de 150,6mm. Até agora, choveu durante todo o mês 151,6mm, ou seja, dentro do normal esperado. Fonte: Secom/PMS.

Geomanta dará mais segurança a moradores da Baixinha de Santo Antônio

A doméstica Fabiana Santos, de 31 anos, era só alegria na manhã da última terça-feira, 21/03. Há quatro anos vivendo na localidade da Baixinha de Santo Antônio, em São Gonçalo do Retiro, ela mora com o marido e três dos quatro filhos em uma pequena casa no alto de uma encosta, na Rua Santa Georgina.

Foi nesse local que o prefeito ACM Neto, acompanhado do diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz, e demais secretários e autoridades, entregou a geomanta de 2.165 m de extensão. A ação é parte integrante da programação pelo aniversário de 468 anos de Salvador, a serem completados no próximo dia 29.

Antiga reivindicação da comunidade, a cobertura da encosta deixou a área mais segura, principalmente no período das chuvas. “Era um sofrimento, minha irmã. Isso aqui era cheio de lixo, cachorro morto, tudo o que é tipo de coisa ruim botavam aqui. Com essa obra agora melhorou bastante. Meus filhos agora podem brincar porque, antes, fazia medo. Agora só temos que agradecer e cuidar para ter isso para o resto da vida”, afirmou Fabiana.

Com investimento de aproximadamente R$340 mil, a aplicação da geomanta na encosta da localidade foi coordenada pela Codesal. Utilizada na cidade desde 2016, a tecnologia consiste na proteção das encostas através do revestimento composto de PVC e geotêxtil, com cobertura de proteção mecânica executada em chapisco jateado de cimento, areia e aditivos, para a prevenção de erosão.

Além desta, a Prefeitura entregará geomantas em mais 33 localidades da cidade até abril. Dentre os locais beneficiados estão Novo Horizonte, Brongo (IAPI), Arraial do Retiro, Calabetão, Paripe, Boa Vista de São Caetano, Plataforma e Pirajá.

Fonte: Secom PMS

Cientista Carlos Nobre visita o Cemadec

O presidente do Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre

Em visita ao Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), na tarde de segunda-feira (13), o presidente do Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, disse estar feliz em saber que Salvador é uma das cinco cidades brasileiras que dispõem de um centro de monitoramento próprio.

“Um centro desse é de fundamental importância porque é muito difícil que um centro nacional tenha conhecimento de especificidades locais que sejam úteis para emitir um alerta em tempo hábil. Aqui há pessoas que têm conhecimento da geologia, meteorologia e hidrografia local, o que ajuda a adotar medidas acertadas. É uma estrutura bem equipada, um modelo perfeito”, afirmou.

Nobre, que também integra o grupo de cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, foi um dos responsáveis pela implantação do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais (Cemaden) no Brasil. Ele acredita que com o centro da Codesal, o número de mortes em desastres naturais na capital baiana reduzirá.

“Nós tivemos uma redução do número de mortes por desastres naturais no país, que caiu de 400 a 1000 por ano, antes da modernização dos sistemas, para entre 50 e 120 por ano. Pode ter certeza que essa queda também vai ocorrer aqui em Salvador”, opinou.

O climatologista veio a Salvador para participar do IX Encontro Nacional do Fórum de Secretários do Meio Ambiente das Capitais Brasileiras CB27, onde realizou uma palestra sobre Mudanças Climáticas e Cidades para um público de 300 pessoas.

Conjunto de ações reposiciona Salvador na área de meio ambiente

Árvores nas cidades

Importância das árvores para o ambiente urbano foi o tema do debate no programa Capital Natural, com participação de pesquisadora do IPT

Árvores são vitais para a qualidade de vida nos centros urbanos, pois atuam diretamente sobre a melhoria da qualidade do clima, do ar e da paisagem. Mesmo assim, as árvores são muitas vezes maltratadas e mal vistas por parte da população das cidades, que muitas vezes as enxergam como fontes de transtornos, principalmente nas épocas de chuva.

Árvores são muitas vezes vistas pela população como fontes de transtornos, principalmente nas épocas de chuvas – este foi um dos temas discutidos no programa

O programa Capital Natural exibido pela Bandnews no dia 4 de fevereiro buscou desmistificar estas visões e mostrar a importância das árvores no ambiente urbano.

Os dois convidados foram o botânico e ambientalista Ricardo Cardim, criador do projeto Florestas de Bolso, e a engenheira agrônoma Raquel Amaral, pesquisadora do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). (Fonte IPT)

Confira abaixo o programa na íntegra:

“Houve uma evolução muito grande na Defesa Civil”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entrevista: Engenheiro Gilberto Campos

Com diversas passagens pela Defesa Civil de Salvador,  Gilberto Campos tem dedicado sua trajetória profissional, iniciada em 1992,  à engenharia ambiental e às ações  da  defesa civil. Ao retornar à Codesal, no ano passado, encontrou o órgão em processo de modernização. Nesta entrevista, ele fala sobre sua trajetória profissional, os novos paradigmas operacionais adotados no órgão, entre os quais a introdução de recursos tecnológicos, a exemplo do Centro de Monitoramento, voltado para as ações de redução de riscos nas áreas de encosta da capital baiana. Segundo ele, essa evolução ocorreu de forma rápida e efetiva, com resultado de melhoria no atendimento e em nossos trabalhos, a exemplo das vistorias e do encaminhamento.

Fale sobre sua trajetória como engenheiro civil.

Sou formado pela Universidade Católica de Salvador em 1992 e sempre tive o foco de trabalhar na área ambiental. Fui apresentado à Codesal em 1996, devido a minha experiência, e constatei que existia uma integração muito grande entre as ações da defesa civil e a área ambiental. A partir deste contexto voltei minha atuação profissional na área ambiental e sempre que tinha alguma oportunidade voltava para as ações de defesa civil. Trabalhei aqui na Codesal e na antiga Coordenadoria de Ações de Risco do Estado, a antiga Codec, prestei também serviços ao Ministério da Integração na Defesa Civil Nacional.

Você voltou a atuar na Codesal no ano passado. Como foi esse retorno em comparação com experiências anteriores?

Nesse período notei uma evolução muito grande em relação aos processos que adotávamos desde 1996, quando tive o primeiro contato com a Defesa Civil. Lembro das antigas vistorias que fazíamos manualmente e hoje trabalhamos com o tablet, celulares e toda esta rede que existe hoje de informações conectadas, a exemplo do Centro de Monitoramento. Então neste intervalo tive uma surpresa grata, identifiquei que essa evolução ocorreu de forma rápida e efetiva, com resultado de melhoria no atendimento e em nossos trabalhos, a exemplo das vistorias e do encaminhamento.

Antes a Defesa Civil centrava suas ações na resposta as ocorrências. Hoje o foco é a prevenção. Como você vê esses novos tempos?

São várias as tentativas de se trabalhar junto com a parte de prevenção. Mas eu diria que nos últimos quatro anos, especificamente aqui em Salvador, esta situação tem mudado baste diante de uma determinação maior de que essas ações preventivas realmente aconteçam. Comparado com situações anteriores, com certeza, este período tem trabalhado muito mais com a parte da prevenção o que é extremamente positivo.

No âmbito da trajetória profissional seu foco tem sido nas ações da defesa civil?

Com certeza. Não é um engenheiro qualquer que se identifica com essa área. Não estou querendo dizer que sou diferente dos outros, mas que a gente tem um objetivo e um foco no trabalho que é diferenciado. É uma ação na comunidade, é o respeito para com esse vínculo com o meio ambiente. E a Defesa Civil trabalha muito ligada a este contexto. E é isso que me dá prazer em trabalhar nesta área.

Quais os momentos que marcaram as suas atividades aqui na Codesal?

Lembranças profissionais eu diria que tive momentos marcantes, ligados principalmente a acidentes que ocorreram, mas que felizmente que não tiveram vítimas, como a Rua de Deus onde ocorreu um escorregamento de grandes proporções com casas destruídas e, ao mesmo tempo, sem nenhum ferido. Outro momento foi lá na região de Vista Alegre onde também houve deslizamento, felizmente sem vítimas. Pessoalmente tive vários amigos formados aqui com os quais tive contato profissional e ao sair continuo mantendo contato com essas pessoas. Tem sido extremamente positivo para mim.

Como está estruturado o projeto PAE e como ele vai ajudar a implementar as ações da Defesa Civil?

O Plano de Ações Estratégicas surgiu como uma proposta para intervenções em áreas de risco. A gente trabalha muito na área de prevenção e nas ações emergenciais, e a proposta é que passemos a trabalhar agora na consolidação dessas áreas para que esses riscos já identificados e as medidas emergenciais já tomadas possam sanar esses riscos, possibilitando uma maior estabilidade nas localidades consideradas de risco alto ou muito alto. Trabalhamos com outros profissionais aqui da Codesal numa proposta de criar ações urbanísticas que propõem intervenções que vão desde situações emergenciais dadas, consolidando essas intervenções para que estrategicamente seja possível mudar a característica daquela área de risco. São propostas que incluem a retirada de algumas moradias, intervenções relacionadas com drenagem ou com a ausência dela e, por isso, há a necessidade de serem executadas. Portanto é uma visão diferente do que a agente fez anteriormente que era ir para o local identificar quais eram os problemas, mas não dar nenhum tipo de solução. Agora apresentamos propostas que vão produzir efeitos.

O que diferencia esta proposta?

É que agora temos uma visão do risco. Não se trata apenas de um projeto criado por engenheiros e arquitetos. É um projeto criado com a missão de redução de risco. E com a gente tem a expetise relacionada com este meio, que lida com riscos geológicos,  riscos urbanos, também temos a capacidade de apresentar soluções. Então, trata-se de um proposta inovadora neste momento e que acredito que vai dar excelentes resultados para as comunidades de maneira geral.