Formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão de Pessoas, Adriana ingressou na Prefeitura de Salvador em 2010, na Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (DESAL), órgão que tem missão de elaborar estudos e projetos, além de operar equipamentos de engenharia urbana. Devido ao seu bom desempenho, alguns colegas a indicaram como potencial colaboradora da Codesal. A transferência para a Defesa Civil se concretizaria em novembro de 2014, onde passou a atuar no Setor de Planejamento, Estudos e Projetos, então chefiado por Cristiana Marback Rego (Kitty).
Algum tempo depois, foi transformado no Setor de Análise e Planejamento, no qual Adriana continua atuando, agora sob a coordenação da Assessora de Gestão, Denise Fraga. A equipe veio a se fortalecer com a chegada de Alba Mendonça, transferida da Semge.
“Quem trabalha na Defesa Civil tem que gostar de gente”
“Quando cheguei não tinha vivência nas atividades da Defesa Civil. Para mim foi bastante instrutivo começar atuando naquele setor que lida com relatórios, planos de contingência de chuvas e do carnaval, elaboração de decretos para a movimentação de verbas, editais de concurso, a exemplo do último Reda de 2016, e de seleção de estagiários, enfim, tudo relativo ao embasamento legal do órgão”.
Entre as suas tarefas estão ainda a de fazer o quadro resumo da operação chuva, elencando os recursos que cada órgão do sistema pode dispor, a exemplo dar carros pipas, tratores, entre outros. “Gosto do que faço. Trata-se de um setor importante que assessora o órgão para seu bom funcionamento”.
No início do ano, juntamente com a colega Alba, Adriana apresentou o módulo sobre Defesa Civil Institucional na capacitação dos servidores da Codesal, evento que envolveu 11 turmas nos meses de janeiro e fevereiro.
Em sua trajetória na Codesal, colaborou na organização da 2ª Conferência Municipal de Proteção e Defesa Civil, na qual participam vários segmentos da sociedade para a elaboração de políticas públicas relacionadas à proteção e defesa civil, encaminhadas às instâncias da Defesa Civil Nacional, em Brasilia. A conferência foi coroada de êxito, atingindo os objetivos da Etapa Municipal não somente pelos números do evento que reuniu 162 participantes, elegeu 30 delegados e aprovou 45 propostas. Mas também pelo envolvimento e participação das pessoas presentes que durante os dias do evento, discutiram questões afetas ao fortalecimento da Defesa Civil Municipal e a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Como para tantos funcionários da Defesa Civil, as chuvas de abril de 2015, que resultaram em inúmeras vítimas, marcou profundamente o percurso de Adriana no órgão. “Isso aqui ficava lotado. Éramos pobres de recursos e a equipe, pequena. Paralelo a minha função, fazia cadastro social, atendendo a população que buscava ajuda”, lembra Adriana.
Ela revela que este período marcou muito seu olhar sobre a realidade de parte da população de Salvador. “Foi um período que me marcou muito. As pessoas chegavam aqui chorando, sem saber para onde ir ou como conseguir auxílio moradia pois suas casas tinham sido destruídas pelas chuvas. A gente tentava organizar, mas a dor só sabe quem sente”, diz, acrescentando que “quem trabalha na Defesa Civil tem que gostar de gente”.
Ela defende que todos que atuam na Defesa Civil têm de conhecer esta realidade, razão pela qual tem participado de diversos simulados de evacuação realizados pela Codesal em áreas de risco da capital. “Eles são importantes pois aproximam você da realidade daquelas comunidades”.
A partir dessas vivências surgiu o desejo de Adriana fazer um curso de fotografia. “Ao observar as fotos feitas pelos técnicos da Codesal nessas comunidades pude perceber que elas reúnem uma montagem de cores de grande beleza”. Quando não está no trabalho, Adriana não dispensa a convivência com a família e, em especial, com os sobrinhos que ela costuma mimar: “Sou apaixonada por meus sobrinhos”.