ENTREVISTA
Alvaro Silveira Filho – diretor geral da Codesal
Empossado diretor geral da Defesa Civil de Salvador em 20 de fevereiro de 2013, Alvaro da Silveira Filho conduziu o período de modernização do órgão que passou a investir, com o apoio da administração do prefeito ACM Neto, na atualização de suas atividades com foco em ações preventivas nas áreas de risco da capital baiana. Nesta entrevista, ele fala sobre os principais avanços implementados na reestruturação da Defesa Civil, embasada na missão de salvar vidas. Segundo o diretor-geral, a tendência é a Codesal se fortalecer mais ainda nos próximos quatro anos.
Qual a importância da Defesa Civil?
Eu considero que a maior importância da Defesa Civil para a cidade de Salvador é o critério de salvar vidas. A prevenção é hoje o item primordial em nossas ações que têm sido focadas justamente na importância de se salvar vidas. Não se pode mais aceitar que se morram pessoas que estejam morando em áreas de risco. Neste sentido, a prevenção tem nos ajudado muito.
Quais os principais avanços na reestruturação da Codesal?
A Codesal já existe há mais de trinta anos. Posso dizer, sem medo de errar, que a Defesa Civil de Salvador é uma antes da gestão do prefeito ACM Neto e se tornou outra Defesa Civil após a gestão do prefeito ACM Neto. Até porque é público e notório os avanços que houveram. Não apenas para o servidores como também para a população. Tivemos a instalação do Sistema de Alerta e Alarme, a instalação de pluviômetros automáticos, que hoje já abrangem quase toda a cidade, a convocação através de Reda de profissionais que não tínhamos na Defesa Civil. Chegaram estagiários já com uma melhor experiência, melhor remuneração, convênios com a Universidade Federal da Bahia e com o Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo que hoje estão agregando experiências vindas de outras capitais no Brasil no sentido de estar aperfeiçoando e modernizando cada vez mais a Codesal. Também passamos a utilizar tablets por parte de nossos engenheiros que fazem vistoria em campo e a enviar mensagens por SMS para pessoas que residem em áreas de risco. Isso tudo são melhorias que vieram e que há 30 anos não tínhamos aqui. Quando eu cheguei na Defesa Civil, esperávamos acontecer o acidente para podermos dar uma resposta. Por isso faço questão de repetir: o foco na prevenção hoje é a grande demanda que nós temos.
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“Isso são melhorias que vieram e que há 30 anos não tínhamos aqui. Esperávamos acontecer pura e simplesmente o acidente para podermos dar uma resposta. Por isso faço questão de repetir: o foco na prevenção hoje é a grande demanda que nós temos”
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Como o Centro de Monitoramento e Alerta, implantado este ano, poderá contribuir na redução de desastres?
O Centro de Monitoramento vai nos ajudar que nos períodos de chuva nos antecipemos de um possível acidente, pelo menos nas áreas onde temos o sistema de alerta e alarme instalados. Estamos hoje em vários locais da cidade com as sirenes e pluviômetros automáticos instalados e onde já ocorreram os simulados. Dessa forma podemos antecipar com nossos técnicos meteorologistas – temos dois – e eles já fazem uma análise – pelo menos com uma maior precisão de três dias antes de vir ocorrer uma chuva mais intensa, o que já nos permite acionar o sistema de voz nessas áreas avisando a população. Volto a repetir que queremos sair do foco de resposta e entrar justamente na prevenção, salvando vidas.
No âmbito da nova Codesal a prevenção de desastres ganhou relevo. Como o senhor avalia as ações preventivas, a exemplo dos simulados, formação de NUPDECs, instalação de geomantas, entre outras?
Temos os NUPDECs, a preparação do voluntariado, a capacitação inclusive dos nossos profissionais. A formação dos NUPDECs e a preparação de voluntários nas áreas de risco é fundamental, pois o morador dessas áreas muitas vezes não tem consciência do risco que sofre. Por isso este trabalho com base na prevenção. Estamos cada vez mais formando grupos nestas áreas para trazer uma maior percepção do risco.
Quais os desafios ainda a serem enfrentados no contexto de uma cidade topograficamente acidentada como Salvador?
O trabalho agora é de continuidade. Não podemos parar. Instalamos pluviômetros, sirenes, fizemos as preparações de núcleos e não podemos simplesmente achar que isso já está bom. É um trabalho contínuo. A Defesa Civil entrou em uma nova era na qual não pode parar ou retroceder. Espero que continuemos com este esforço.
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“A Defesa Civil entrou em uma nova era na qual não pode parar ou retroceder. Espero que continuemos com este esforço”
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Que balanço o senhor faz de sua gestão neste primeiro mandato do prefeito ACM Neto?
Fizemos um esforço conjunto ao lado do nosso corpo técnico, da sensibilidade do prefeito ACM Neto, o gestor maior, junto com outros técnicos de outras áreas da Prefeitura, que nos auxiliaram a promover esta modernização. Posso dizer que a Defesa Civil hoje está moderna graças ao esforço de um conjunto de pessoas que decidiu promover esta modernização. Tivemos a ajuda da Casa Civil, de consultores externos, do próprio gabinete do prefeito, da Cogel – a empresa de tecnologia da Prefeitura – todo um conjunto de pessoas. Faço questão de falar que a Defesa Civil antes desta gestão era uma coisa. Após, é outra. A tendencia dela é crescer mais ainda nesta parte de prevenção e modernização. A tendência é a Defesa Civil se fortalecer cada vez mais e isso vai ocorrer nos próximos quatro anos.
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” A tendência é a Defesa Civil se fortalecer cada vez mais e isso vai ocorrer nos próximos quatro anos.”
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